domingo, 21 de novembro de 2010

LYRICA - A FIBROMIALGIA AGORA TEM REMÉDIO

A Fibromialgia, enfermidade que causa fadiga crônica, variadas dores musculares difusas e rigidez, finalmente conta com um tratamento eficaz. A pregabalina, de nome comercial Lyrica, produzida pelo laboratório Pfizer, foi aprovada pelo Food and Drug Administrator nos Estados Unidos no meio de 2007 e trata-se da melhor opção existente na atualidade para o tratamento dos sintomas daFibromialgia.

Sabidamente, a Fibromialgia é uma doença incapacitante que até o momento não possui cura ou tratamento definitivo. A pregabalina conseguiu demonstrar em um estudo (Pregabalin improves pain associated with fibromyalgia syndrome in a multicenter, randomized, placebo-controlled monotherapy trial. Crofford, L. et al. Arthritis and Rheumatism 2002, 46 (supplement 9) S613)a redução em mais de 50% da dor em 29% dos pacientes que a utilizaram em monoterapia (ou seja, sem uso concomitante de outras medicações), comparado a apenas 13% dos pacientes que utilizaram placebo.

Se olharmos o número absoluto (29%), podemos ver que somente um terço dos pacientes que tomaram a medicação tiveram benefícios, mas é importante salientar que o tratamento da Fibromialgia não é feito somente com uma medicação. É necessário que os pacientes mantenham-se em um programa de reabilitação física, com acompanhamento psicológico ou psiquiátrico além de outras medicações para a dor.

Além do tratamento da Fibromialgia, o Lyrica também pode ser utilizado para o tratamento de dor neuropática periférica, como aquela que acontece em diabéticos ou secundária ao herpes zoster e da dor neuropática central, como aquela sentida por pacientes com lesão da medula espinhal. Ainda é passível de ser utilizado em pessoas com crises convulsivas parciais como complemento ao tratamento anti-epilético já em uso, quando este não está sendo eficaz. Ainda, é útil nos casos de ansiedade generalizada, já que trata-se também de um bom estabilizador do humor.

É importante ressaltar que é uma medicação de uso controlado e só pode ser obtida após consulta e prescrição médica. Dúvidas sobre o tratamento, a dose atual para utilizar e outras dúvidas devem ser tiradas com o seu médico no momento da consulta.

domingo, 22 de agosto de 2010

FIBROMIALGIA , tratamento e cura

Doença caracterizada por dor crônica que migra por vários pontos do corpo, principalmente em tendões e articulações.

Está relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor, não provocando inflamações e deformidades físicas, mas pode estar associada a outras patologias reumatológicas que podem confundir o diagnóstico.

Nos EUA a prevalência da fibromialgia é de 2,1% nas práticas clínicas de família, 5,7% na clínica geral, 5% a 8% em pacientes hospitalizados e chega a 14% a 20% dos atendimentos em reumatologia.

A predominância é no sexo feminino, correspondendo por 80% a 90% dos casos e com pico de incidência entre os 30 e os 50 anos de idade das pacientes, podendo manifestar-se ainda em crianças, adolescentes e idosos.

A doença acomete mais frequentemente pessoas de maior nível social e educacional, mas não se conhece a causa exata da fibromialgia, sendo os baixos níveis de serotonina a teoria mais aceita. Esse hormônio pode ser encontrado em todas as regiões do corpo e possui papel importante na regulação da dor e do padrão de sono.

Alguns especialistas acreditam que a fibromialgia é causada por distúrbios no sono, uma vez que pessoas que sofrem do distúrbio não apresentam boa fase de relaxamento muscular. Mesmo dormindo mais horas do que o habitual, estas pessoas não conseguem uma recuperação adequada dos níveis de energia.

O papel do sono foi descoberto quando pesquisadores pegaram voluntários normais e impediram que eles entrassem na fase de relaxamento muscular profundo. Uma vez privados deste estágio essencial do sono, todos os voluntários desenvolveram sintomas muito similares àqueles presentes em pessoas com fibromialgia.

A doença baseia-se na identificação dos pontos dolorosos e ainda não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-los. Para que o diagnóstico de fibromialgia possa ser levado em conta, as dores musculares devem estar presentes por pelo menos três meses consecutivos, acometendo mais de 11 de uma lista de 18 pontos dolorosos específicos no corpo.

SINAIS E SINTOMAS
- Dor generalizada;
- Fadiga;
- Falta de disposição;
- Alterações do sono;
-Síndrome do cólon irritável;
- Sensibilidade durante a micção;
- Cefaleia;
- Distúrbios emocionais e psicológicos.

SAIBA MAIS
- Evite carregar pesos.
- Diminua o nível de estresse diário.
- Elimine tudo o que possa perturbar seu sono como luz, barulho, colchão incômodo, temperatura desagradável.
- Procure posições confortáveis quando for permanecer sentado por várias horas.
- Outras técnicas úteis incluem aplicação de compressas mornas ou massagens sobre os músculos doloridos, acupuntura, psicoterapia (voltada principalmente para técnicas de alívio da tensão e manejo do estresse) e exercícios de relaxamento ou alongamento, como por exemplo, a técnica de Pilates, um sistema de exercícios para melhorar a flexibilidade, equilíbrio, força e consciência corporal.

A medida terapêutica mais importante é praticar regularmente exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. Além de reduzir o desconforto muscular, a prática destes exercícios, pelo menos, três vezes na semana, diminui a sensação de fadiga e melhora a qualidade do sono.

Uma vez que não existe cura para a fibromialgia, as chances de alívio completo dos sintomas são pequenas, mas combinando os vários recursos terapêuticos conhecidos, é possível reduzir significativamente os sintomas.

Em caso de sintomas o médico especialista que deve ser procurado é o reumatologista.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Estudo diz que a fibromialgia vem acompanhada de risco de suicídio

Segundo importantes pesquisadores, pessoas com fibromialgia não tem só fibromialgia. Eles alertam os médicos que tratam desses pacientes para ficarem atentos a sinais de depressão e de tendências suicidas.
Pacientes com fibromialgia sofrem de dor generalizada e têm pontos sensíveis que são dolorosos ao toque. Não há cura para a doença e a medicação muitas vezes não é útil. Dessa forma, a dor se torna ruim o suficiente para perturbar a vida cotidiana dos pacientes durante anos. Cerca de 90% das pessoas com a doença são mulheres.
Os investigadores descobriram que o risco de morte por suicídio era dez vezes maior nas mulheres diagnosticadas com esta condição de dor crônica do que na população em geral. As taxas de doenças psiquiátricas também eram mais altas, e foi encontrado um risco maior do que a média de morte por doença hepática e acidente vascular cerebral.
Os autores do estudo dizem que é necessário avaliar os pacientes com a doença para detectar a presença de transtornos psiquiátricos, especialmente transtornos de humor e ansiedade. Mas essas outras doenças psiquiátricas, que muitas vezes ocorrem em conjunto com a fibromialgia, podem não ser a única explicação para as altas taxas de suicídio.
Nenhum dos pacientes do estudo que se suicidaram tinham um histórico de doenças psiquiátricas antes de serem diagnosticadas com fibromialgia. A alta taxa de suicídio pode estar ligada à depressão nesses pacientes, ou a anti-depressivos que são conhecidos por acarretar o risco de suicídio.
Os estudiosos ainda dizem que muitos desses pacientes não tomam os medicamentos anti-depressivos por causa dos efeitos colaterais, ou porque não se sentem deprimidos. A dor pode ser um dos principais motivos para o suicídio em si.
As maiores taxas de suicídio também foram encontradas em quem estava cansado o tempo todo, e muitas pessoas com fibromialgia queixam-se de problemas de sono e fadiga.
Algumas mulheres no estudo morreram de doença hepática. Não está claro o que causou a taxa mais elevada de doença hepática nessas pacientes, mas pessoas com fibromialgia têm maior probabilidade de ter excesso de peso e não podem fazer muito exercício por causa de sua dor muscular, o que os leva a um maior risco de problemas cardíacos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Programa de Exercícios Físicos para Fibromialgia

Objetivos dos Programas de Exercícios Físicos para a cura da Fibromialgia

Estamos propondo alguns exercícios para pacientes com fibromialgia com os seguintes objetivos:

- Melhorar os sintomas de dor
- Evitar contrações dolorosas de grupos musculares
- Melhorar a força muscular
- Favorecer a coordenação motora para as atividades diárias
- Promover uma postura adequada
- Melhorar a disposição
- Auxiliar no controle do peso
- Auxiliar no controle da ansiedade
- Melhorar a auto-estima


Etapas do programa

Aquecimento
Atua melhorando o aporte sangüíneo para os músculos e tendões, adequando a freqüência cardíaca e respiratória. Com isso melhora a resistência física para os exercícios ou mesmo para as atividades diárias que o indivíduo irá desempenhar.

Exercícios de alongamento
São importantes para promover o equilíbrio, coordenação motora e melhorar a condição de dor.

Exercícios de resistência
São importantes para o condicionamento cardiovascular, controle do peso, fortalecimento muscular.

Relaxamento final
Ao final de uma série de exercícios, são feitos alguns alongamentos e exercícios com a respiração que visam “desacelerar” o organismo para retornar à sua rotina.