Segundo importantes pesquisadores, pessoas com fibromialgia não tem só fibromialgia. Eles alertam os médicos que tratam desses pacientes para ficarem atentos a sinais de depressão e de tendências suicidas.
Pacientes com fibromialgia sofrem de dor generalizada e têm pontos sensíveis que são dolorosos ao toque. Não há cura para a doença e a medicação muitas vezes não é útil. Dessa forma, a dor se torna ruim o suficiente para perturbar a vida cotidiana dos pacientes durante anos. Cerca de 90% das pessoas com a doença são mulheres.
Os investigadores descobriram que o risco de morte por suicídio era dez vezes maior nas mulheres diagnosticadas com esta condição de dor crônica do que na população em geral. As taxas de doenças psiquiátricas também eram mais altas, e foi encontrado um risco maior do que a média de morte por doença hepática e acidente vascular cerebral.
Os autores do estudo dizem que é necessário avaliar os pacientes com a doença para detectar a presença de transtornos psiquiátricos, especialmente transtornos de humor e ansiedade. Mas essas outras doenças psiquiátricas, que muitas vezes ocorrem em conjunto com a fibromialgia, podem não ser a única explicação para as altas taxas de suicídio.
Nenhum dos pacientes do estudo que se suicidaram tinham um histórico de doenças psiquiátricas antes de serem diagnosticadas com fibromialgia. A alta taxa de suicídio pode estar ligada à depressão nesses pacientes, ou a anti-depressivos que são conhecidos por acarretar o risco de suicídio.
Os estudiosos ainda dizem que muitos desses pacientes não tomam os medicamentos anti-depressivos por causa dos efeitos colaterais, ou porque não se sentem deprimidos. A dor pode ser um dos principais motivos para o suicídio em si.
As maiores taxas de suicídio também foram encontradas em quem estava cansado o tempo todo, e muitas pessoas com fibromialgia queixam-se de problemas de sono e fadiga.
Algumas mulheres no estudo morreram de doença hepática. Não está claro o que causou a taxa mais elevada de doença hepática nessas pacientes, mas pessoas com fibromialgia têm maior probabilidade de ter excesso de peso e não podem fazer muito exercício por causa de sua dor muscular, o que os leva a um maior risco de problemas cardíacos.